Artigo e Curso Rápido sobre como desenvolver resiliência emocional e controlar seus pensamentos e sentimentos.
Era aula de educação física, na escola onde estudei até a oitava série. O professor, um japonês descolado e extrovertido, havia liberado a turma para gastar energia. Às meninas, a posse da quadra coberta, para que jogassem handebol. Aos meninos, o pátio cimentado próximo à quadra, onde improvisariam sua quadra de futebol. Aquele momento tinha um significado profundo para mim. Significava exclusão.
Os dois melhores jogadores da classe tiravam par ou ímpar para decidir quem seria o primeiro a escolher alguém para o time. Um a um, cada um selecionava os jogadores desejados, que formavam uma fila atrás do capitão. Eu, invariavelmente, era sempre o último.
Honestamente, eu nunca parei para pensar se eu realmente era tão ruim no futebol, se os outros garotos eram realmente tão bons ou se, quem sabe, eu apenas praticava muito pouco. Eu não tinha aquela habilidade de correr na direção certa, de fazer firulas com os pés para despistar os pés do adversário nas disputas pela bola ou de identificar as trajetórias livres até o gol para dar um chute certeiro. Nos meus oito anos de ensino fundamental, fiz apenas 3 gols. Dois deles, no mesmo jogo, na oitava série. Mas tiveram um gostinho especial e um grande aprendizado em cada um deles.
Nem o professor, nem meu pai e nem os meus coleguinhas de escola jamais haviam me observado jogando bola e dito a mim o que eu deveria fazer. Por 14 anos da minha vida, eu dependi 100% dos meus processos intuitivos para entender toda a dinâmica de como jogar futebol, como driblar e como fazer um gol. E quanto mais aquilo me parecia difícil, mais eu perdia o interesse pelo esporte e, consequentemente, mais me permitia duvidar das minhas possibilidades de vitória.
Naquela manhã de sexta-feira, na dobradinha de educação física que emendava-se ao intervalo do recreio (e, consequentemente, estendia o futebol daquela turma), eu tive um lampejo de sabedoria que, até então, jamais me havia passado pela cabeça – decidi perguntar a eu mesmo e aos outros.
Havia um dos meus amigos mais próximos que jogava muito futebol. O Flávio. Eu decidi perguntar a ele onde ele achava que eu errava e como ele achava que eu poderia melhorar. E, para minha surpresa, a resposta foi de que eu “parecia ter medo do choque com os adversários”. Em poucas palavras, o Flávio me falou o que ele via quando a bola vinha parar aos meus pés, e que eu não percebia. Eu perdia o contato visual com a bola, meu corpo virava de lado, como se eu buscasse sair do caminho de quem corria em minha direção. Meus ombros se encolhiam e o movimento dos meus braços se tornava prioridade, pois precisavam instintivamente cobrir meu rosto.
A dica do meu amigo Flávio para mim naquele dia foi a de “ir pra cima pra derrubar, como se fosse um trator” – frase esta que foi dita enquanto eu já corria para a vez do meu time entrar, que estava de “próximo”.
Eu me lembro com intensa clareza daquele jogo em particular. Sinto cada nuance da adrenalina e vejo cada detalhe da visão daquele garotinho enquanto conto esta história. Minha cara era séria. Meus olhos alternavam entre a bola e o adversário em frente. E, surpreendentemente, ganhei uma disputa com o Roberto, um garoto repetente muito maior do que eu e gordinho, com feições e sobrenome russos. E, despreparado por não acreditar que eu ultrapassaria aquele garoto, o goleiro foi pego de surpresa pelo meu chute que, embora não tivesse entrado no gol, chegou muito perto.
As expressões de espanto dos meus coleguinhas apenas me fizeram acreditar que, naquele momento, eu havia aprendido o que fazer, e aquilo apenas reforçou minha fé em mim mesmo naqueles minutos finais da aula. Resultado: mais disputas de bola nas quais eu me sobressaí e dois gols – o dobro do que eu já havia feito por toda a minha passagem pela escola.
Eu nunca me tornei realmente bom em futebol, e nunca desenvolvi, de fato, muito mais interesse por aquele esporte. Entretanto, daquele momento e pelos três meses finais da minha passagem por aquela escola, eu passei a ser o garoto escolhido para “marcar o gordinho e o japonês” (o Juliano). Minha missão em quadra era não deixar eles ficarem com a bola.
Por que essa história é importante?
Essa história, assim como muitas outras histórias da minha vida (e, muito provavelmente, da sua vida também), ilustra uma lição transformadora na vida de muitas pessoas que, como eu e você, não nasceram sabendo tudo:
“Habilidades e competências não nascem conosco e, portanto, podem ser aprendidas e desenvolvidas”.
E é claro que é muito mais fácil (e mais intuitivo e natural) desenvolver habilidades pelas quais também temos interesse. Mas a verdade é que o interesse e a facilidade em aprender andam lado a lado, de mãos dadas. Quanto mais facilidade em aprender uma determinada habilidade ou competência você tiver, maior será seu interesse por aquele assunto. E quanto maior for o seu interesse por aquele assunto, mais facilidade você terá em aprender as habilidades e competências relativas a ele.
Naquele dia do jogo de futebol na oitava série, a nova habilidade que eu havia aprendido e pela qual eu desenvolvi grande interesse e, consequentemente, facilidade em aprender, definitivamente não foi o futebol. Foi algo que me trouxe muito mais aproveitamento ao longo de toda a minha jornada pela vida: a habilidade de perceber e controlar as minhas reações diante de diferentes situações. E, muito mais tarde, fui descobrir que essa habilidade ou competência tem um nome: se chama Auto Controle.
Nossa mente é uma máquina de sobrevivência. Ela foi evolutivamente programada para sobreviver, desde muito antes dos nossos ancestrais da época das cavernas. Sobreviver é um instinto tão primitivo que vem antes – muito antes – de ser feliz.
Nossos ancestrais primatas são uma forma evoluída dos mamíferos. E os mamíferos são uma forma evoluída dos animais mais primitivos, como os répteis.
E os répteis são animais com sistemas nervosos evolutivamente sofisticados quando comparados com espécies ainda mais primitivas, como os peixes. E assim por diante.
Em toda a cadeia de evolução das diversas espécies de animais, sobreviveu e deixou descendentes aquela que se adaptou ao meio, mesmo com as suas mais terríveis ameaças. E isso desenvolveu, ao longo da evolução, regiões diferentes com diferentes funções no sistema nervoso.
Uma dessas regiões é o sistema nervoso límbico (que, em algumas literaturas, é chamado de “cérebro repitiliano”). Dentre as funções dessa parte específica do nosso cérebro estão as nossas funções vitais (respiração, temperatura, digestão, batimento cardíaco, etc), assim como uma função especial, que é a de dispara ESTADOS DE ALERTA todas as vezes que nossa mente detecta algo que interpreta como uma ameaça.
Essa parte ao mesmo tempo incrível e primitiva do nosso cérebro é quem nos faz reagir de diferentes maneiras diante de situações potencialmente ameaçadoras. É ela quem nos deixa ansiosos ao falar em público. É ela quem nos deixa com frio na barriga momentos antes do primeiro beijo. É ela quem nos deixa potencialmente abatidos durante um processo de luto. É ela quem nos compele a comer compulsivamente durante crises de ansiedade.
O trabalho dos neurônios e das substâncias produzidas ou consumidas por esta área do nosso sistema nervoso é o que nos causa descontroles do apetite, descontroles do humor, descontroles do sono, descontrole das vontades compulsivas (como fumar, beber ou praticar um vício)… É essa parte que nos compele a sentir excitação sexual, a sentir nojo, a sentir preguiça, a sentir interesse ou curiosidade por algo. É a parte que nos compele a fugir da dor e sofrimento e buscar os prazeres e recompensas imediatos.
É uma região tão primitiva, instintiva e poderosa de nossos cérebros que se torna simplesmente impossível impor a ela algo que não esteja de acordo com suas vontades.
Experimente, por exemplo, prender a respiração pelo maior tempo possível. Não importa se os seus pulmões estejam cheios ou vazios – não há força de vontade no mundo suficiente para impedí-los de forçar a entrada de mais ar ou de colocar para fora o ar velho que seu corpo não quer mais – é simplesmente impossível vencer racionalmente estes processos primitivos do cérebro humano.
Acredite em mim… Você não iria querer obrigar a sua mente a ser contrariada se você estivesse na floresta na época das cavernas, diante de um tigre pré histórico, prestes a se tornar seu jantar.
Aquela seria uma ameaça real à sua vida, e sua mente foi evolutivamente programada para reagir a ela com estresse: descarga de adrenalina, de cortisol, músculos hiper irrigados pelo sangue, prontos para entrar em atividade para lutar ou fugir.
Ocorre que, nos dias de hoje, a imensa maioria das supostas ameaças interpretadas pelo nosso sistema nervoso não se trata de uma ameaça real – é uma ameaça muitas vezes imaginada.
É claro que necessitamos de estados de alerta quando estamos dirigindo em alta velocidade por uma rodovia, ou quando estamos pousando um avião em uma pista com neblina, ou quando estamos operando um coração em uma mesa de cirurgia. Mas a imensa maioria de nós não vive nessas situações o tempo todo (e, mesmo assim, vivemos em estado de estresse e descontrole).
O que modifica a maneira como nossos cérebros respondem instintivamente às situações que, em sua realidade racional e analítica, não representam ameaça alguma à nossa sobrevivência, é um processo chamado de CONDICIONAMENTO.
E o condicionamento nada mais é do que a exposição da nossa mente àquelas situações nas quais a pessoa, tipicamente, perderia o controle, para que, com uma percepção ampliada das diferentes perspectivas, mostrem ao cérebro que as funções primitivas da região límbica (repitiliana) não precisam nos tirar do controle.
Se você já assistiu àquele premiado desenho animado da Disney com a Buena Vista chamado “Divertida Mente”, é como imaginar o momento no qual a personagem Alegria demonstra aos personagens Medo, Raiva, Tristeza e Nojinho que está tudo bem, e que ela pode assumir o comando do painel de controle da mente da personagem Riley.
O condicionamento mental consiste, basicamente, em forçar o nosso cérebro a criar novas vias sinápticas entre os nossos neurônios, que conectem as interpretações que temos das diversas situações da vida a referências de estados mentais positivos, proporcionando um aprendizado que funciona no “piloto automático”, sem que precisemos pensar nisso ou nos preocupar com isso.
Falando assim, parece demasiadamente técnico, científico ou complicado. Mas, na prática, é bem mais simples e tranquilo do que isso. A única coisa que você precisa saber para colocar isso em ação é que os nossos neurônios formam conexões sinápticas basicamente de duas maneiras: a repetição e o impacto emocional.
Você aprendeu a digitar, basicamente, repetindo os movimentos muitas e muitas vezes. E foi assim também que você aprendeu a dirigir, aprendeu a andar de bicicleta ou aprendeu a reproduzir os traços da sua assinatura.
E foi o impacto emocional que marcou para sempre na sua memória as lembranças de um momento único, como o seu primeiro beijo ou o nascimento do seu filho.
Depois de vinte e dois anos à frente de áreas de gestão de crises de empresas multinacionais e órgãos do governo, eu fui parar em Brasília, como o responsável regional pelos contratos públicos da empresa onde eu estava.
Àquela altura da minha vida eu já tinha plena convicção de o ser humano, tal qual um parafuso, espana quando a gente aperta demais. Eu já havia visto pessoas de todos os níveis hierárquicos – do estagiário ao presidente da companhia, do servidor recém nomeado aos mais respeitados ministros – sucumbirem às armadilhas dos desgastes emocionais e mentais.
A pergunta não era se um dia aquilo aconteceria comigo, e sim quando aconteceria comigo.
A centenas de quilômetros da minha cidade (e, consequentemente, dos meus amigos, da minha família, da minha vida), o sentimento de solidão apenas amplificava os péssimos hábitos que eu havia desenvolvido ao longo dos anos: o sedentarismo, a busca de conforto (e prazer) na comida, os excessos com relação à vida noturna, com relação às compras, com relação ao sexo… E, como isso era exatamente o que eu via muitos caras como eu praticando, para mim era tudo perfeitamente normal.
Mas, na vida, tudo aquilo que nós descuidamos uma hora nos cobra o preço, e foi em uma terça-feira de carnaval que, depois de festa, álcool e alguns dos típicos vexames que acompanham essa bela combinação (incluindo uma atitude nada louvável com a namorada de um dos meus poucos e melhores amigos naquela cidade), a culpa e o remorso me fizeram olhar com olhos críticos para a vida que eu estava levando.
A quem eu queria enganar se não a eu mesmo? Eu não estava feliz. A minha vida era um acúmulo de frustrações mal superadas e compensações exageradas para suprir as lacunas que elas deixavam. E não existe um caminho que leve ao sucesso quando, para cobrir de terra a um buraco, você tira terra abrindo outro.
Naquele momento eu me decidi a abandonar tudo e voltar para a minha cidade. Apenas não dispunha de um plano de como fazê-lo.
À época, havia um grande amigo que estava morando em uma cidade litorânea de Santa Catarina. Havia um plano (na verdade, apenas uma ideia ainda mal amadurecida por mim) de dividirmos apartamento por lá e empreendermos em um negócio. Uma possibilidade que preenchia minha necessidade de ilusão mas me frustrava em minha necessidade de segurança.
Optei então por voltar para São Paulo, onde a vida me era mais segura. E, enquanto buscava oportunidades de fazer isso acontecer, meu ex professor de guitarra (e um de meus melhores amigos ao longo da vida) me apresentou a um dos caras de sua atual banda, que tinha uma oportunidade para mim no meu seguimento.
Na mesma tarde, empacotei minhas coisas e comecei a encerrar os meus assuntos pendentes em Brasília. Antes da meia-noite, meu carro já estava ocupado por caixas e mais caixas, e já não havia mais nada no apartamento que poderia me fazer voltar para buscar.
Eu tinha uma namoradinha, que conheci pela internet. Uma garota bem nova, deslumbrada à princípio pela minha carreira e, com a convivência, pela minha proposta de vida.
O único momento realmente doloroso de toda essa mudança foi buscá-la para um passeio e, no caminho de volta para a cada dela, dar-lhe a notícia de que eu partiria para não voltar. É desesperador decepcionar a quem, de alguma maneira, nos faz bem – e ela, por muito tempo, foi a única parte da minha vida que me fazia bem naquela época.
Rodei mais de mil quilômetros sem olhar para trás, dopado de cafeína, alimentado de suplementos esportivos e quase sem paradas pelo caminho. As poucas que fiz foram para abastecer o carro e para ir ao banheiro. Em menos de 12 horas eu estava à porta da casa dos meus pais, com o corpo cansado e dolorido e os olhos estalados como os de um zumbi.
Dormi como há muito tempo não dormia em minha vida. Havia esperança em meu coração. Havia uma centelha de felicidade verdadeira – não aquela felicidade que a gente “compra para si” quando se diverte em uma festa ou quando adquire coisas legais.
Mas mal imaginava eu que toda essa jornada de mudanças estava me conduzindo à transformações tão intensas e profundas na minha vida.
Em minha nova ocupação eu era responsável pela gestão de crises de alguns poucos clientes, bastante tranquilos por sinal. Uma pequena fábrica de motores no Rio Grande do Sul, que produzia máquinas à diesel para gerar energia elétrica, que há pouco havia passado por mudanças de gestão. Uma pequena rede de hipermercados atacadistas, que havia sido vítima de hackers clonando cartões de clientes. Um dos grandes jornais de São Paulo, que enfrentava a transição da mídia impressa para os meios digitais. Nada daquilo representava, dentro da minha bagagem, um desafio demasiadamente maior do que mera aplicação de processos.
Naquela época, eu dispunha de muito tempo livre. Não havia necessidade de eu estar no escritório ou em visita aos cliente todos os dias, e eu tinha recursos para entregar boa parte das minhas demandas trabalhando de casa ou até mesmo pelo celular.
E foi naquela ocasião que um dos meus melhores amigos me fez um dos convites mais inusitados da minha vida, que me fez tomar um rumo praticamente sem volta.
Sua namorada estava trabalhando para uma empresa de treinamentos corporativos e, dentre estes treinamentos, ele havia ganhado dela dois vouchers peculiarmente interessantes. Um deles era para a formação em uma especialidade que, àquela época, ainda relativamente nova, era uma área ao mesmo tempo fascinante e mal compreendida – a programação neurolinguística.
Eu já havia estudado muito a PNL antes, pelos meios que me despertavam interesse. Estudava suas ferramentas para a área de vendas. Estudava suas ferramentas para gestão de pessoas. Estudava suas ferramentas para ter auto controle emocional. Mas nunca havia me preocupado em realmente me tornar proficiente neste assunto, com as certificações exigidas para genuinamente trabalhar com aquilo. E então, meu amigo me convidou a acompanhá-lo – como quem convida o outro amigo para ir até o bar tomar uma cerveja.
Decidi investir o dinheiro e fazer toda aquela formação, e foi sem dúvida o primeiro grande passo da minha transformação.
O segundo voucher que meu amigo ganhou da namorada (e, consequentemente, o segundo convite que ele me fez) foi deveras inusitado: um curso para aprender hipnose.
Mas não aquela hipnose de relaxamento progressivo e frases positivas que a gente encontra na internet – aquele curso era um curso para ensinar a hipnotizar pessoas na rua, ao ponto de fazer com que elas alucinassem de verdade.
Quem, no meu lugar, resistiria a um convite como aquele? Eu, já há muito tempo, era fascinado por tudo o que remetesse à mágica, ao ilusionismo, ao mentalismo… E era fã inveterado de personalidades como Derren Brown, Marc Savard, e até o Fábio Puentes. Ao mesmo tempo em que me fascinava, também me causava dúvidas. Será que aquilo realmente existia ou será que era tudo combinado? Eu ficava imaginando o que será que aqueles “magos das palavras” faziam escondidamente ou diziam secretamente ao ouvido as pessoas para fazer com que fizessem aquelas coisas – se um dia eu aprendesse aquilo, eu dominaria o mundo!
Bom… Descobri ao mesmo tempo que hipnose realmente existia, não era nada daquilo que parecia e sim, era perfeitamente possível hipnotizar pessoas estranhas, na rua, ou em qualquer lugar, fazendo-as alucinar com seus artistas preferidos ou vivenciar experiências inacreditáveis, sem ter absolutamente nada combinado.
E, ao contrário do que acontecera comigo no futebol da escola na infância, com a hipnose eu realmente desenvolvi muito talento, interesse, aprendizado e competência. Em pouco tempo eu estava com a minha turma aos domingos, na Av. Paulista, brincando de hipnotizar estranhos que passavam por lá. E não demorou para aparecerem pedidos do tipo “quero parar de fumar”, ou então “me faça gostar menos de doces e gostar mais de salada”, ou ainda “cure minha depressão, minha ansiedade ou minha insônia”.
Ocorre que eu jamais me atreveria a utilizar a hipnose para fazer mudanças tão audaciosas na mente das pessoas sem dispor de um mínimo de formação em áreas realmente relacionadas a isso, como psicologia, psicanálise, medicina psiquiátrica, ou algo naquela linha. E eu não tinha nenhuma daquelas formações. Logo, eu me opunha aos pedidos.
Acontece que, entretanto, eu devo ter sido mordido pelo bichinho da paixonite pelos mistérios da mente humana. Não demorou para que eu me visse frente a frente com a oportunidade de frequentar um dos melhores cursos de formação em hipnose clínica do mundo, que vinha pela primeira vez ao Brasil.
Não poupei investimentos. Inscrevi-me naquele curso e passei a frequentá-lo, de maneira que a cada dia de aula eu me apaixonava ainda mais pela hipnoterapia.
Até o momento em que eu me formei, e comecei a clinicar. Fazia isso, a princípio, nos meus dias de home office, mantendo paralelamente as minhas duas carreiras – uma no mundo corporativo e a outra, ainda como hobby, cuidando de pessoas. E o que realmente me surpreendia era a rapidez, a efetividade e a eficiência com as quais a hipnoterapia resolvia problemas emocionais.
Eu já acumulava mais de 25 anos, duas faculdades e um curso técnico na minha área de atuação. Quem abandonaria uma carreira já construída e sólida, um nome respeitado no mercado, uma ampla experiência em gestão de crises, além de 4 anos de Federal, 6 de engenharia, 2 anos de especialização em gestão e um imenso networking com as pessoas mais importantes da minha área para me jogar em uma carreira nova? Não, eu não faria isso.
Contudo, não foi uma decisão minha que o consultório começasse a me remunerar melhor e a me realizar muito mais do que a minha carreira em gestão de crises. E, como se fosse mais forte do que eu, passei os anos seguintes investindo tempo, dinheiro e energia nos mais diversos cursos e certificações da minha nova área. Estudei psicanálise, estudei terapia cognitiva comportamental, estudei Gestalt Terapia, estudei quase todas as possíveis abordagens da hipnose clínica.
Segui pelos anos que vieram acumulando certificações, horas de aula, horas de consultório e, principalmente, experiência e casos de sucesso. Me dedicava de uma tal maneira ao meu novo “hobby” que não demorou para se tornar a minha atividade principal.
E não vi o tempo passar enquanto também passava a vigência dos contratos dos clientes da empresa na qual eu trabalhava, de forma que, em um dado momento, o meu cargo passou a custar mais caro do que a receita que eu proporcionava à companhia. O meu desligamento foi ao mesmo tempo inevitável e indiferente para mim, pois eu havia encontrado uma realização pessoal e profissional que nunca havia experimentado em mais de duas décadas de carreira corporativa.
Quer saber resumidamente?
– Psicoterapeuta especialista em Ansiedade;
– Hipnoterapeuta com mais de 23 certificações;
– Instrutor dos mais respeitados cursos de formação de terapeutas do Brasil;
– Formador e certificador de alguns dos melhores terapeutas do Brasil;
– Terapeuta responsável por um dos institutos mais renomados de hipnoterapia do país;
– Agende de transformação de mais de 900 vidas.
Estes dados estatísticos não são inventados. Eles são estimados com base em extensas pesquisas de instituições renomadas, como a Organização Mundial da Saúde, o Conselho Federal de Medicina, a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (ABIFARMA), o Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard, o Centro de Pesquisas Acadêmicas de Cambridge, dentre diversos outros. São informações levantadas com base em estudos e publicações até o ano de 2019. Vamos a elas:
A taxa de leitos em hospitais psiquiátricos no mundo é de seis vezes mais a taxa de leitos psiquiátricos dos hospitais gerais, chegando a 11,3 leitos para cada 100 mil habitantes em todo o globo. Os gastos governamentais dos países desenvolvidos superam o valor de USD 80 por habitante com saúde mental. Mais de 800 mil mortes todos os anos têm como causa o suicídio. Uma em cada 5 pessoas no mundo (22% da população mundial) apresenta sintomas de ansiedade, pânico ou depressão. O Brasil é o país mais ansioso do mundo, no qual 9,3% da população (mais de 18,6 milhões de pessoas – quase 1,4 vezes toda a população da região metropolitana de São Paulo) sofre com ansiedade. 56,6 milhões de caixas de medicamentos psiquiátricos são vendidas todos os meses. Até o início de 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, tendo crescido mais de 18% nos últimos 10 anos.
Simplificando a conclusão óbvia de todos estes dados, a questão é muito simples: as pessoas têm cada vez menos controle emocional, controle do humor, controle de si mesmas.
Parece óbvio dizer isso mas, se você sente dificuldades em se auto controlar mentalmente ou emocionalmente, ou se você enfrenta desgastes desafiadores ao tentar conciliar sua vida pessoal, profissional, social, afetiva e financeira, é simplesmente porque não havia outra maneira de você ter vivido a sua vida até este momento.
Assim como ninguém me havia ensinado a jogar futebol quando eu era criança e eu também não nasci sabendo, ninguém ensinou você a utilizar sua mente.
A sua vida, assim como a minha e a de tantas outras pessoas, foi obrigada a seguir o fluxo do que parece ser o curso natural das coisas. Você frequentou a escola fundamental e o ensino médio, entrou para uma universidade e começou a trabalhar, seguiu os primeiros passos da sua carreira com os desafios e dificuldades típicos de quem está iniciando e trilhou seu caminho da melhor maneira que pode até chegar onde está.
Não foi fácil pleitear aumentos e promoções, e você precisou se provar de diferentes maneiras a outras pessoas. Só você sabe o quanto foi difícil, por tantas vezes, fazer escolhas que sacrificavam ora a sua vida pessoal, ora a sua vida afetiva, ora a sua imagem no trabalho ou no mundo dos negócios.
Se você, em algum momento da sua vida, decidiu ou foi obrigado a empreender, seus desafios foram ainda mais cruéis. Ao invés de ter um único chefe, você passou a ter vários, com desejos e expectativas diferentes. Ao invés de concorrer com colegas, você foi obrigado a concorrer com empresas e empreendedores tão obstinados quanto você, e nem sempre tão leais ou respeitadores às regras do jogo (que, muitas vezes, sequer tem regras).
Só você entende o quanto foi complicado gerenciar as crises dos seus relacionamentos afetivos a cada etapa da vida. Ter passado por cada um dos desejos e objetivos, ora atendidos, ora frustrados. Se falarmos da sua vida financeira então, não há ninguém melhor do que você para entender os desafios e as escolhas que tantas vezes foi necessário enfrentar.
E sem entrar no mérito dos seus acertos e erros, sucessos e fracassos, vitórias e derrotas, uma coisa é certa: cada pedra no caminho, independentemente da superação ou desvio, de alguma maneira afetou você intensamente e profundamente em um terreno muito conhecido e pouco entendido – as suas emoções.
A cada instante, você foi simplesmente obrigado a lidar com cada uma das suas emoções, positivas ou negativas, da melhor maneira que podia e com os recursos dos quais dispunha, sem que jamais alguém tivesse ensinado a você o que fazer com cada uma delas. Também pudera – não havia maneira de nada disso ter sido diferente. E você quer saber por que?
Assim como não existem dois flocos de neve iguais em todo o mundo, não existem duas mentes iguais.
A mente de um ser humano é algo tão único que não pode simplesmente ser classificada e enquadrada em um conjunto de teorias, definições e arquétipos. A própria psicologia ensina que estes “rótulos” nada mais são do que meros modelos dos quais se tomam bases para uma busca profunda e complexa por melhor entendimento.
Você, assim como cada pessoa no mundo, é fruto de todo um conjunto de emoções e experiências. Uma bagagem de episódios e instantes, de desejos atendidos e frustrados ao longo de toda uma vida. Um quebra-cabeças único montado com peças ao mesmo tempo semelhantes e diferentes, como uma colcha de retalhos impossível de ser replicada.
O pouco que se pode generalizar a respeito das emoções humanas é o que acontece em cada camada do sistema nervoso e como ele se comporta.
Em uma representação trina do cérebro, como a que vimos acima, onde o cérebro primitivo e repitiliano é representado pela região límbica, o cérebro mamífero é representado pela região subcortical e o cérebro primata é representado pela região cortical, podemos observar que nós, seres humanos, temos atividades emocionais e atividades lógicas e racionais deveras diferentes dos demais seres e criaturas.
Nossas amígdalas cerebrais percebem supostas ameaças e disparam uma série de comportamentos nos nossos gânglios basais e no nosso sistema nervoso autônomo. O sistema parassimpático diminui sua atividade, e o sistema simpático dispara as nossas glândulas suprarrenais, que passam a produzir ainda mais adrenalina e cortisol. Nossa respiração acelera, nossos batimentos cardíacos se intensificam, nossas extremidades aumentam a temperatura. Nossos braços, pernas, ombros e quadris se contraem. Nosso esfíncter se tranca. Nossas virilhas, axilas, mãos e espaços entre os dedos dos pés começam a produzir mais suor. Nossas pupilas mudam de tamanho para que a quantidade de luz que entra nos permita focar em determinada direção, seja ela a ameaça, a presa ou a rota de fuga. Centenas de cálculos e comparações inconscientes começam a acontecer, e nossa imaginação, involuntariamente, é invadida por dezenas de pensamentos acelerados sobre o que pode dar certo e o que pode dar errado.
Os processos digestivos são instantaneamente interrompidos, para que o fluxo de sangue e enzimas permita um melhor desempenho dos músculos ligados à luta ou à fuga. Sentimos frio na barriga, nó na garganta, aperto no peito, boca seca, e nada disso é em sentido figurado – fisiologicamente falando, é tudo muito literal.
A nossa máquina de sobrevivência entra automaticamente e involuntariamente em configuração de batalha.
É como um carro muito potente com o motor super acelerado, ao mesmo tempo em que seguramos os freios ao máximo, prontos para arrancar com força a qualquer momento.
E a nossa mente não faz a menor distinção se a ameaça é real ou se ela é imaginada.
Invariavelmente, vivemos estes estados intensos de alerta, de pressão e de hipervigilância a maior parte do tempo na vida urbana moderna. Fazemos isso com relação ao trabalho, com relação aos negócios, com relação à nossa vida afetiva, à nossa necessidade de aceitação e aprovação social, aos esportes que gostamos e aos times pelos quais torcemos, ao trânsito no nosso caminho pela manhã ou ao final do dia enquanto dirigimos, e raramente nos damos conta de algo que, depois de compreendido, passa a ser óbvio…
Assim como o nosso sistema nervoso se prepara para entrar em batalha ou em fuga, ele também é capaz de se regular e relaxar completamente quando percebe a ausência de ameaça real. É como aquela gazela pastando na savana que, ao ouvir um barulho nos arbustos, imediatamente interrompe e levanta as orelhas para checar se trata-se de um leão. Mas, ao perceber que é apenas o vento ou um pequeno filhote de coelho, sua musculatura relaxa, a adrenalina é expelida das fibras musculares de volta à corrente sanguínea, a irrigação volta das patas para o aparelho digestivo e os rins e a noradrenalina a permite acalmar novamente. O sistema parassimpático entra em atividade e ela pode voltar a pastar tranquilamente, com a respiração profunda e úmida, o coração batendo tranquilo e as pupilas novamente abertas para captar tudo ao redor. E tudo isso da mesma maneira instantânea e involuntária com a qual entrou em estado de alerta.
Você já parou para se perguntar o por que de nós, seres humanos, não nos comportarmos da mesma maneira nos nossos sistemas nervosos?
A resposta é que sim, nosso cérebro se comporta exatamente igual.
O que ocorre é que, longe do nosso “habitat natural” nas florestas pelas quais, por mais de 30 mil anos, evoluímos antes da agricultura e das civilizações, a nossa mente não entende quais ameaças são inofensivas.
E existem apenas algumas poucas maneiras de condicionar a nossa mente a entender como se regular dos estados de estresse.
Medicamentos psiquiátricos, como calmantes e ansiolíticos, atuam inibindo ou reduzindo estes estados de alerta do sistema nervoso. Mas acontece que estes estados de alerta são necessários, em algum nível, em nosso dia a dia – do contrário, vivemos uma vida na qual nos tornamos zumbis (e é exatamente isso o que acontece com pessoas que, aos poucos, vão se tornando dependentes de medicamentos tarja preta).
Os medicamentos têm seu papel importante, pois ajudam a regular os estados emocionais em seus momentos de crise. Contudo, sua utilização continuada não atua nas causas do problema, e sim na sua redução e controle somente, levando as pessoas a uma dependência e escravidão.
E olha que não estamos nem falando do custo elevado e dos efeitos colaterais a eles associados.
Controlar os estados emocionais por meio de medicamentos psiquiátricos, embora seja uma alternativa válida em muitos casos, acaba se tornando um grande problema no médio e no longo prazos. E é aí que entram as tentativas de terapias, que a imensa maioria das pessoas que procuram ajuda acabam buscando.
Além dos meios químicos (medicamentos), existem algumas outras maneiras de buscar regular os estados emocionais.
Existem, por exemplo, o condicionamento pela dessensibilização sistemática. Essa abordagem tem como objetivo neutralizar os efeitos dos estímulos externos que são compreendidos pelo sistema nervoso como ameaça.
É como aquelas pessoas que vão gradualmente enfrentando seus desafios, como os medos e fobias. Uma pessoa que tem medo, por exemplo, de dirigir, pode, aos poucos, ir passando algum tempo dentro do carro, e então fazendo passeios curtos por lugares conhecidos, e então dirigindo por lugares relativamente próximos, até que se sinta segura para dirigir por lugares mais distantes.
Algumas abordagens, como a psicanálise, atuam em busca da compreensão e do aprendizado a partir da identificação e da análise dos episódios que causaram ou intensificaram os desafios ou emoções.
Essas abordagens atuam naquilo que é entendido como a causa do problema, por meio de uma catarse ou de uma ressignificação.
Existem, finalmente, abordagens como a da terapia cognitivo comportamental, a da psicologia positiva ou a de outras linhas que atuam na maneira como a mente se comporta com relação a determinados estímulos ou emoções. É como que uma mudança de estratégias emocionais, que força a mente a, repetidas vezes, oscilar entre os estados emocionais indesejados e os estados emocionais desejados em seu lugar, de maneira a criar e fortalecer vias sinápticas entre os neurônios disparados no problema e na solução. É como promover uma espécie de “reconexão” entre os “fios que ligam os neurônios” e, com isso, mudar a maneira como o cérebro responde aos gatilhos.
Cada uma destas abordagens tem seu valor e sua utilidade, sendo que o principal problema com estas abordagens individualmente é que nenhuma delas abrange os pilares como um todo (além de serem demasiadamente longas e maçantes para a maioria das pessoas).
Entretanto, como vimos acima, é possível condicionar a mente por meio de impacto emocional, e não apenas por repetição. É isso o que acontece, por exemplo, no instante em que a pessoa passa por um trauma – não é necessário que haja repetições para que a mente “aprenda” um comportamento indesejado.
E, em estados alterados de consciência (como, por exemplo, em estado de hipnose), o impacto emocional pode ser induzido de forma positiva e intensa para que haja transformação.
Agora, imagine só como seria combinar o poder do impacto emocional e também da repetição para atuar, simultaneamente, na ressignificação das causas, na dessensibilização dos gatilhos e na mudança de estratégias mentais!
Eu imagino o quanto você se sentiria curioso e surpreso se eu revelasse que tudo isso é possível com o uso da hipnose não apenas no âmbito do consultório e da hipnoterapia, mas também por meio de ferramentas de auto hipnose.
Mas não se trata daquela auto hipnose que é comercializada ou distribuída na forma de áudios de auto ajuda ou de meditação guiada – esqueça aquilo. Eu estou falando de desenvolver a capacidade de, voluntariamente, entrar e sair de estados de transe hipnótico sem a necessidade da condução de um hipnotista, e da capacidade de conduzir a si mesmo pelos processos de ressignificação, dessensibilização e mudanças de estratégias mentais. Você imagina as possibilidades que essa prática abre no que diz respeito ao seu auto controle?
Embora a Auto Hipnose seja uma habilidade relativamente fácil de se aprender, não é qualquer pessoa que disponha de competência suficiente para transmitir esse conhecimento.
Não é difícil encontrar centenas de vídeos, livros, aulas e cursos que prometem ensinar auto hipnose e, no final das contas, o que realmente ensinam é a repetir frases de olhos fechados e relaxado. Ou, em alguns casos um pouco mais profissionais, ensina-se a meditar, presumindo que auto hipnose seja a mesma coisa.
Praticar a auto hipnose significa entrar e manter-se em um estado levemente alterado de consciência no qual pensamentos e imaginação combinem-se de maneira a induzir sensações, lembranças, aprendizados, comportamentos, sentimento e emoções voluntariamente escolhidos e em níveis de intensidade suficientes para produzir mudanças profundas.
É muito mais do que simplesmente relaxar ou do que manter a mente calma, mas sem os excessos que levam ao sono fisiológico ou ao silêncio do foco interior.
E não é que essas coisas não sejam boas ou não ajudem, em diversas proporções, a reestabelecer o auto controle em situações adversas. Acontece que os verdadeiros benefícios proporcionados pela hipnoterapia nem sempre podem ser alcançados nestes estados semelhantes – é preciso que um processo terapêutico seja conduzido naquele estado de transe.
Essa é a parte mais difícil pois, sem técnica, a mente facilmente se desvia, distraindo-se, silenciando-se ou adormecendo. E não é nenhum desses o propósito da auto hipnose.
A boa notícia é que, com um mínimo de técnica e um pouco de paciência e prática, é possível atingir mudanças interiores surpreendentes com auto hipnose.
Em uma busca rápida pela internet é possível encontrar uma série de dicas interessantes, e muitas delas até apresentam resultados bastante eficientes na grande maioria dos casos.
Dicas como:
– Ter foco nos objetivos;
– Aprender a dizer não;
– Respeitar os próprios limites;
– Comprometer-se, recompensar-se ou, em determinados casos, até mesmo punir-se;
– Gerenciar as próprias expectativas;
– Fazer afirmações positivas repetidamente;
– Relaxar, abstrair, contar até 3, ou até 10 e respirar;
– Afastar-se temporariamente das situações difíceis;
– Imaginar-se em outro lugar, como uma praia ou um campo;
– Alimentar-se, praticar exercícios e dormir bem;
– Perdoar aos outros e a si mesmo;
– Relaxamento e meditação.
O problema é que, em estados emocionais realmente intensos ou explosivos, é muito difícil interromper aquilo que está acontecendo dentro da mente e simplesmente praticar os itens dessa lista. E é essa parte que os livros de auto ajuda e as palestras motivacionais se omitem de revelar.
Controlar-se emocionalmente e mentalmente, regulando as respostas fisiológicas do próprio corpo e dominando emoções e desejos instintivos, por outro lado, é um processo pouco (ou nada) intuitivo, e justamente por isso muitos terapeutas têm dificuldades em ensinar aos seus clientes.
Mas ao contrário do que sugerem os longos processos de tentativas e erros pelo qual a maioria das pessoas busca aprender essa habilidade, desenvolver o auto controle requer apenas ordem e método.
Partindo da perspectiva da abordagem behaviorista, a habilidade de auto controle corresponde simplesmente a controlar, de maneira gradual e progressiva, as respostas da nossa mente aos estímulos que nos provocam determinadas emoções. Segundo essa abordagem, não podemos controlar as variáveis externas (ambiente) – nem mesmo por meio de uma vida eremita, ascética e mística – sem forçar as variáveis internas a se alterarem. Dessa maneira, o único caminho para desenvolver respostas internas satisfatórias é por meio de auto disciplina e auto determinação, construídas por meio dos reforços positivos ou negativos (ou, em outras palavras, por meio de recompensa e punição).
Contudo, viver uma vida dessa maneira é praticamente uma sentença de submissão do livre arbítrio. Nós devemos nos sentir livres para sermos nós mesmos, sem a necessidade de estratégias pessoais para nos moldar ao mundo em que vivemos.
A mente de elite não é simplesmente aquela mente que nunca perde o controle. Isso seria virtualmente impossível, visto que o nosso sistema nervoso, de maneira saudável, é evolutivamente concebido para responder emocionalmente aos diversos estímulos externos.
A mente de elite é aquela mente que, diante de momentos de abalos ou descontrole, é capaz de reconstruir rapidamente o seu estado de controle. É uma mente dotada de uma capacidade chamada resiliência emocional.
E é exatamente por isso que, ao buscar construir auto controle, o foco não deve estar em reprimir ou evitar sentimentos e sensações ruins, mas sim em ser capaz de recobrar um estado emocional favorável mesmo depois de abalos ou de perda do controle.
Construir auto controle é construir resiliência emocional. E essa resiliência se aprende cuidando dos mesmos três pilares mencionados anteriormente: causas, gatilhos e estratégias mentais.
No ano de 2016 eu comecei a desenvolver uma metodologia, durante o atendimento a alguns dos meus clientes no consultório, que pudesse ser replicada e ensinada com facilidade de maneira rápida e eficiente para qualquer pessoa. E, através dessa metodologia, fosse possível construir, em um tempo muito reduzido, a resiliência emocional suficiente para que qualquer pessoa possa desenvolver o auto controle. Essa metodologia foi posteriormente registrada com o nome Mente de EliteTM.
O método Mente de Elite é composto de 9 etapas, sequenciais e auditáveis. Isso significa que, a cada etapa, objetivos específicos devem ser atingidos antes de seguir para a etapa posterior.
Dessas maneira, quando você chega na etapa seguinte, isso significa que a etapa anterior foi plenamente concluída com total êxito. Assim, quando você conclui o processo, você tem 100% de certeza de que os resultados serão atingidos.
Estas etapas são:
Nessa etapa, são verificados diversos pontos específicos a respeito da situação inicial como um todo, e os eventos que a causaram. É traçado um histórico a respeito de cada cadeia de episódios importantes que culminou na questão que se deseja modificar ou reestabelecer o controle.
Vamos imaginar, por exemplo, que o cenário atual, para uma determinada pessoa, se apresente na forma de uma dificuldade ou crise financeira, causada por um conjunto de fatores que envolve má administração do próprio dinheiro, uma demissão recente, uma recessão no país e um volume elevado de gastos imprevistos (uma doença, uma colisão com o carro, um processo judicial, um filho não planejado, etc). E, vamos supor ainda que, em meio a essas dificuldades financeiras, essa pessoa vislumbre o risco iminente de um despejo do apartamento onde mora, ou de uma busca e apreensão de seu automóvel, ou de um risco iminente de ser executada uma dívida judicial. E, para completar, suponhamos que essa pessoa desenvolve, por conta dos desgastes emocionais e psicológicos que a situação vem causando, quadros de ansiedade ou de depressão.
Esse é um exemplo de cenário inicial. Na primeira etapa do método Mente de Elite, tudo isso é analisado, bem como suas causas e pontos de bloqueio.
Quem está dentro de um labirinto não consegue enxergar esse labirinto de cima. E é por isso que a segunda etapa é uma completa mudança de perspectiva com relação ao cenário inicial.
Não se trata simplesmente de, milagrosamente, descobrir a solução. Trata-se de um processo de questionamento, reflexão e até mesmo intervenção externa que ajuda a perceber toda essa situação de outros ângulos, compreendendo pontos realmente importantes que, imersa no problema, a pessoa não conseguia perceber.
Utilizando o mesmo exemplo acima, suponhamos que aquela pessoa, em um processo de questionamento e reflexão, perceba que não acumulou uma reserva financeira (algo que poderia ter feito antes), e que nunca se preocupou em criar um fluxo de renda passiva recorrente, ainda que pequeno, que lhe daria algum fôlego durante períodos de crise.
Ou, ainda, nessa segunda etapa, a pessoa pode perceber que seu estilo de vida, cortando-se tudo o que não é essencial, tem um determinado valor (vamos supor que R$ 3.000,00), de maneira que uma reserva de R$ 10 mil traga um fôlego de pelo menos 3 meses, ou que uma renda passiva de R$ 1.500,00 ameniza metade das dificuldades.
O simples fato de a pessoa perceber estes pontos, embora ainda não tragam a solução, a leva a descobrir como nunca mais passar por isso quando a situação finalmente estiver resolvida. Além disso, essa etapa do processo também gera informações imprescindíveis para as etapas seguintes, como veremos adiante.
Nessa etapa do método Mente de Elite são identificados e elencados em ordem de prioridades os pontos mais importantes referentes não apenas à situação em si mas também ao resultado que se deseja.
São trabalhados aqui os valores, as crenças, as prioridades e, principalmente, a identidade da pessoa.
Ainda nessa etapa, quando são verificados valores que estão em conflito, também é feito um trabalho no sentido de dissolver esse conflito e facilitar as tomadas de decisão, tornando-as mais intuitivas e assertivas, livres de inseguranças ou culpas (ainda que se tratem de decisões tipicamente difíceis).
No nosso exemplo prático, podemos imaginar que a pessoa que está passando pelo processo percebeu que as 5 maiores prioridades dela são, na ordem, família, liberdade, sucesso, segurança financeira e saúde.
Fica fácil entender as tomadas de decisão que levaram a pessoa a estar onde está se presumirmos que, por diversos momentos da vida, em busca do sucesso, ela abriu mão da segurança financeira. E também fica fácil perceber que, em busca da segurança financeira, muitas vezes essa pessoa pode ter sacrificado sua saúde. Possivelmente, em busca de liberdade, essa pessoa também pode ter deixado o sucesso – e até mesmo a segurança financeira – à mercê da sorte. Pode ser ainda que, para atender às suas expectativas e critérios de família, muitas vezes essa pessoa tenha sacrificado a liberdade.
A liberdade sacrificada pode ter sido supercompensada em algum outro momento, comprometendo o sucesso. O sucesso sacrificado por muitas vezes pode ter sido supercompensado comprometendo a segurança financeira. E assim por diante.
Tudo isso também diz muito sobre como as estratégias para retomar o controle da situação precisam atender a determinadas regras e princípios, para que não sejam sabotadas. Quaisquer que sejam as estratégias, a pessoa precisa ter atendidos os seus valores de família, liberdade, sucesso, segurança financeira e saúde. Do contrário, ela vai facilmente abandonar a estratégia em algum momento, ainda que inconscientemente, para atender a estes valores.
Pelo método Mente de Elite, nessa etapa são trabalhadas todas as possibilidades de construção do cenário ideal – aquele que realmente representa a vida da pessoa de volta ao controle e com suas habilidades, competências e recursos plenamente aproveitados em prol de sua realização pessoal.
Aqui acontece como que uma engenharia reversa, tendo como ponto de partida a vida que a pessoa deseja ter dentro de um período de dez anos. E, uma vez tendo claros estes objetivos, verifica-se que realizações precisam já ter sido alcançadas na metade desse tempo – em cinco anos – para que a pessoa esteja exatamente na metade do caminho para os dez anos.
Essas possibilidades são analisadas e as correções são efetuadas para que, subsequentemente, a mesma análise seja feita para dois anos e meio, para um ano e três meses, para sete meses e meio, para quatro meses, dois meses, um mês, quinze dias, uma semana, para os próximos 3 dias e para o dia seguinte.
O propósito dessa etapa é trazer combustível emocional, abrindo à pessoa a percepção de que, com suas atitudes e com um mínimo de consistência, as possibilidades permitem sair de onde se está e chegar onde se deseja, apenas seguindo um passo a passo que será elaborado nas próximas etapas.
No nosso exemplo, suponhamos que em dez anos a pessoa deseje ter a casa dos seus sonhos, 3 filhos na escola e ter viajado pelo mundo. Em cinco anos, a pessoa constata que precisa já ter o segundo filho, precisa já estar financiando sua casa e precisa já dispor de uma renda recorrente que lhe permita fazer pelo menos uma viagem de lazer por ano. Ela constata então que, em dois anos e meio, para ter realizado metade disso, ela precisa ter credito e um fluxo de renda que lhe permita arcar com o financiamento de uma casa, precisa ter o capital de entrada deste financiamento e precisa estar no relacionamento que vai lhe permitir ter filhos e construir sua família. E então, em um ano e três meses, ela precisa estar bem empregada, com suas contas todas em dia, com uma boa reserva de capital em construção e investindo de forma a ter um complemento recorrente de renda. Logo, em sete meses e meio, a pessoa precisa, no mínimo, já ter aprendido suficientemente bem a respeito de investimentos e finanças, precisa estar com a crise atual controlada e precisa estar saldando as dívidas das contas atuais, trabalhando em um emprego que lhe permita, no mínimo, ter renda para este fim. Finalmente, se fomos reduzindo para quatro meses, dois meses, e assim sucessivamente até o dia seguinte, perceberemos que a pessoa precisa passar na entrevista de emprego, precisa ser chamado para algumas entrevistas de emprego, precisa enviar alguns currículos e ajustar seu terno, precisa digitar seus currículos, precisa procurar por vagas de emprego, precisa parar alguns minutos em frente ao computador para fazer este trabalho, precisa reorganizar seu tempo para conseguir procurar emprego, precisa eliminar do seu dia atividades que consomem tempo, e assim por diante.
Na etapa anterior, é natural que as ramificações se abram em diversas possibilidades, e é nessa etapa do método Mente de Elite que a mágica finalmente começa a acontecer, pois aqui são aplicados os filtros das etapas 1, 2 e 3.
Dessa maneira, a pessoa começa a decompor cada um dos momentos e dos passos para se chegar a eles em tarefas que vão ao encontro do seu equilíbrio emocional, atendendo aos seus valores e prioridades e em conformidade com as possibilidades do seu cenário atual.
Nessa etapa a pessoa também começa a ter clareza sobre quem pode lhe ajudar, e que ajuda pode (e deve) pedir a cada pessoa de sua rede de contatos, em cada momento de sua jornada. Começa a ter clareza de quais contatos e amizades precisam ser fortalecidas, e de quais contatos e amizades têm sido tóxicos em sua vida. Começa a ficar claro, também, em quem se pode confiar e com quem se pode contar.
Além de tudo isso, essa etapa acaba sendo um grande inventário de recursos internos e externos que permitem à pessoa dar cada um dos passos na direção de seus objetivos, retomando assim o controle da sua vida.
Suponhamos, dentro do nosso exemplo, que aquela pessoa conte atualmente com contatos de amigos que trabalham em empresas de seu interesse. Sondar estes amigos para saber sobre a existência de vagas, candidatar-se a elas e pedir indicações é um dos caminhos possíveis.
Ou, suponhamos ainda, que um de seus amigos da época de escola seja atualmente um dos corretores de imóveis do empreendimento que, dentro de 5 anos, a pessoa tem interesse em financiar aquela casa. Ou que outro conhecido, que malha junto na academia, seja o gerente da agência bancária daquele banco que tem uma linha de crédito a baixos juros, que ajudaria a quitar todas as dívidas de maior risco.
Suponhamos também, que essa pessoa tem um carro que, ao vender, pode fazer dinheiro relativamente rápido, que vai lhe permitir aumentar seu fôlego financeiro em mais 6 meses – ou então 3 meses, se trocar por um carro mais barato – o que, em seu planejamento, seria o tempo necessário para estar em um emprego novo e recebendo seu primeiro pagamento.
Todos estes recursos são analisados e planejados nessa etapa.
A essa altura do método Mente de Elite, a pessoa já sabe exatamente o que tem que fazer para retomar o controle da sua vida.
O passo seguinte é simplesmente fazer aquilo que precisa ser feito, com consistência e perseverança, passo a passo, para sair da crise e alcançar os resultados.
O problema é que a imensa maioria das pessoas acaba dependendo de um recurso interno chamado força de vontade, e o grande problema da força de vontade é que ela exige uma grande disposição mental, e essa disposição sempre tem começo, meio e fim.
Quando a força de vontade acaba, a tendência é de que a pessoa comece a se auto sabotar, muitas vezes voltando ao estado inicial do problema e, não raramente, se afundando em situações ainda piores.
É por isso que, além da força de vontade, precisamos de mais recursos internos e mais combustível emocional.
Nessa etapa do método é feita a gestão da força de vontade, e também é construído um estado emocional que envolve pelo menos três sentimentos poderosos: o engajamento, o comprometimento e a motivação.
Estar engajado significa estar conectado ao objetivo, com foco naquilo que será alcançado, e com um desejo avassalador de ver aquele propósito realizado.
Estar comprometido significa assumir um compromisso são sólido que, ao menor desvio, a pessoa sente-se impelida a voltar para os trilhos e concluir aquilo que iniciou.
Motivação é aquela força que nos tira de onde estamos e nos faz seguir em uma determinada direção. Ela acontece em busca pela recompensa ou na fuga da dor e do sofrimento. Na metáfora do burrinho, com o perdão da imagem que ela cria, é a história da cenoura colocada à frente ou atrás.
Vamos supor que, no nosso exemplo, aquela pessoa que já tem uma visão bastante estratégica de como será o seu caminho até a retomada do controle, sinta-se realmente mal com sua situação atual. Suponhamos que essa situação traga a ela uma imensa vergonha com relação à família e amigos (o que é a famigerada cenoura atrás), e que veja em seu futuro, ou em sua realização em curto, médio e longo prazos, algo que realmente a faz sentir-se recompensada (talvez um delicioso bolo de cenouras com calda de chocolate à sua frente).
Essa pessoa escolhe, então, alguns destes amigos e familiares para declarar verbalmente seu compromisso em seguir os passos aos quais chegou, dando a eles a liberdade de lhe cobrarem a qualquer momento sobre cada etapa atingida ou negligenciada, ajudando-a a comemorar ou fazendo com que passe ainda mais vergonha.
A tendência de essa pessoa seguir adiante independente da força de vontade é muito maior do que se sua motivação fosse simplesmente sentir as consequências do que está passando. E isso gera disciplina.
Disciplina, por definição, é o hábito de fazer com consistência e perseverança aquilo que tem que ser feito, independentemente de você gostar ou não.
A sétima etapa do método Mente de Elite consiste em estabelecer quais serão os pontos, ao longo da jornada, que serão tomados por evidências de que cada passo foi cumprido.
Estas evidências marcam também pontos a serem comemorados, construindo ainda mais combustível emocional. É o momento no qual o caminho para solucionar os problemas e retomar o controle de sua vida se torna um projeto.
Você passa a ter uma melhor visibilidade das etapas, uma por uma, de maneira que fica bem mais fácil decompor o processo em tarefas que estejam, cada uma delas, ao seu alcance de serem realizadas.
No nosso exemplo, podemos imaginar que a pessoa tem como evidência de sua primeira etapa o momento no qual o carro está anunciado em um jornal ou um site. Tem como evidência da etapa seguinte o momento em que entra no cartório para assinar o documento de venda do seu carro. Tem como terceira etapa o momento no qual anexou seu currículo os e-mails. Tem como quarta etapa o momento no qual chegou ao endereço de sua primeira entrevista. E assim por diante.
E, para cada um destes momentos, a pessoa cria um pequeno ritual ou uma pequena recompensa para celebrar e comemorar. Isso pode ser, por exemplo, olhar-se no espelho com um grande sorriso e soltar um grito de “Yeah!”, ou então premiar-se contando a um amigo que lhe apoia e receber os parabéns em reconhecimento.
Tão importante quanto cada uma das etapas anteriores, neste momento a pessoa estabelece quais serão as datas e horários nos quais tomará cada uma das medidas e ações para se chegar a cada uma das evidências definidas.
Nesta etapa a pessoa também assume um grande comprometimento com cada um destes prazos, e cria um gatilho (uma espécie de lembrete) para que não se esqueça de cumprir com o compromisso assumido.
No nosso exemplo, digamos que a pessoa se comprometeu a levar seu carro à uma feira de automóveis as 7h da manhã, se comprometeu a sentar-se para digitar seu currículo no sábado as 14h, e que se comprometeu a fazer uma lista de todas as vagas anunciadas na internet as 17h do mesmo sábado. Suponhamos que a pessoa definiu como prazos, enviar todos os e-mails com currículos no domingo à noite, às 21h, para que sejam os primeiros a serem lidos na segunda-feira pela manhã. E suponhamos que a pessoa definiu que vai telefonar para um de seus amigos que pode ajudá-la as 11h da segunda-feira, e para outro amigo as 15h da terça-feira.
Aquele projeto da etapa anterior passa a se tornar um plano de ações passo a passo, com datas e horários para cada uma de suas etapas.
Os gatilhos (ou lembretes) podem ser alertas em seu smartphone, ou compromissos em sua agenda, que vão lembrar a cada momento para que a tarefa seja cumprida.
De nada adianta ter o plano perfeito com o passo a passo para a solução de todos os seus problemas, se você não o colocar em prática.
É por isso que, nessa etapa do processo, cada ação é colocada em prática.
A cada atitude e a cada resultado, a pessoa celebra e comemora, sozinha ou publicamente. E, nesse momento, publicar os resultados (ou mesmo o simples cumprimento das tarefas) em suas redes sociais é um incentivo e um combustível emocional gigantesco.
E, como você vê, quando seguido e obedecido minuciosamente, o método Mente de Elite é praticamente infalível.
Você retoma o controle da sua vida e das suas emoções. Basta seguir o método!
E depois de ter feito uma, duas, três vezes para questões diferentes, o método fica tão presente nos hábitos e na mente da pessoa que ela nunca mais perde o controle com a mesma facilidade de antes, pois os passos ficam intuitivos e automáticos (assim como quando a gente aprende a dirigir ou a digitar depois de algumas repetições).
Sim, isso é verdade.
Não é fácil, ao mesmo tempo, estar dentro do labirinto e conseguir ver ele de cima para identificar os caminhos e saídas.
E é exatamente por isso que você pode contar, caso sinta necessidade, com o trabalho de um Interventor do método Mente de Elite.
O trabalho do interventor consiste em conduzir você, passo a passo, por cada uma dessas etapas, ora questionando e provocando suas percepções (como faz um coach), ora orientando e direcionando suas ações (como faz um mentor), ora ajudando você a perceber seus estados interiores, dessensibilizando você de emoções ou traumas (como faz um terapeuta) e, principalmente, ajudando você a aplicar o processo e atingir os resultados (como faz um consultor).
Um processo de intervenção com a metodologia Mente de Elite é bastante pontual. Ele acontece em poucos encontros, sem a necessidade de investimentos elevados ou de dedicação prolongada a um compromisso semanal, e é focado e orientado a resultados, de maneira que seu investimento fica protegido.
E, uma vez que o processo é aprendido e internalizado, raramente você volta a precisar passar pelo processo com um interventor novamente.
Você pode seguir o método sozinho, sem precisar de um interventor. E você também pode seguir o processo comigo, que criei o método (e fundei no Brasil o Elite Institute), ou com qualquer um dos interventores certificados no método, que eu mesmo treinei.
Cada um destes interventores é formado e certificado como psicoterapeuta, coach, mentor e consultor do método.
Ao longo desse artigo, eu ensino a você tudo o que você precisa fazer para seguir sozinho o método, passo a passo, sem a necessidade de um interventor. E eu também ensino o que você precisa fazer para entrar em contato com um interventor, caso você sinta essa necessidade.
Utilizando a metodologia Mente de Elite você, de imediato, já começa a colher não apenas os benefícios de ter um plano de ação passo a passo para solucionar as questões que estavam fora de controle, como também:
A metodologia Mente de Elite é aplicável a qualquer situação, desafio e obstáculo da vida cotidiana moderna.
Você será capaz de manter o seu auto controle em qualquer cenário, independentemente da situação, e será capaz de retomar rapidamente este auto controle caso, por algum motivo, algo saia do previsto, simplesmente porque você saberá o que fazer, saberá como fazer e terá disciplina para fazer.
Você já parou para refletir sobre quanto dinheiro as pessoas gastam tentando retomar seu auto controle diante das dificuldades e obstáculos da vida?
Psicoterapias custam, mensalmente, entre R$ 800,00 e R$ 1.200,00, o que leva às pessoas a gastarem, em média, R$ 12.000,00 ao ano.
Consultas com médicos psiquiatras custam entre R$ 250,00 e R$ 900,00, e com uma ida mensal ao médico, as pessoas chegam a gastar aproximadamente R$ 7.000,00.
Quando falamos de remédios psiquiátricos, tão típicos do dia a dia das pessoas na atualidade, entre calmantes, antidepressivos e ansiolíticos, as pessoas chegam a gastar entre R$ 200,00 e R$ 600,00 ao mês, em uma média de R$ 3.500,00 ao ano.
Isso sem falar em outros “recursos de fuga”, tais como cigarros, álcool e outros excessos, que podem chegar ao valor de R$ 5.000,00 ao ano facilmente se você fizer as contas.
Você reparou que, sem perceber, as pessoas chegam a gastar mais de R$ 25,000,00 ao ano na busca do auto controle, e sem resolver de fato os problemas que elas realmente enfrentam?
R$ 25.000,00
é Muito Dinheiro para Pouco Resultado
Uma das maneiras é baixando o e-book com o método passo a passo.
Trata-se de um e-book em formato PDF, que você pode abrir no seu computador, no seu tablet, no seu celular, ou até mesmo em leitores eletrônicos, como o seu Kindle, o seu Lev ou o seu Kobo.
O ideal (e essa é a minha recomendação) é de que você imprima, a cada momento, as páginas referentes àquelas etapas, para que você responda, preencha e acompanhe sua evolução passo a passo no método, e para que você tenha fisicamente o seu plano de ação para mudar sua vida.
Nada impede, entretanto, que você os tenha em formato digital e faça as anotações em um caderno ou em um documento eletrônico no bloco de notas do seu celular ou no seu computador.
O imprescindível, como você já sabe, é ter a disciplina e seguir o método. Fazendo isso, você tem a certeza de que irá retomar o controle da sua vida.
Quando você busca a minha ajuda para atravessar por cada uma dessas etapas, sua jornada fica muito mais simples.
Ao invés de atravessar por todo um processo de tentativas e erros, você flui por um processo que inclui uma avaliação minuciosa do seu cenário por um especialista experiente que já ajudou centenas de pessoas como você, além de um processo de reprogramação mental utilizando hipnose, e um processo de mentoria no qual você sai com um plano de ação passo a passo para sair de onde está e chegar onde deseja.
Nessa jornada, você flui através de:
– Na primeira etapa, por Conteúdos Gratuitos, que você acompanha diariamente
– Na segunda etapa, por uma Vídeoaula VIP de Degustação do processo
– Na terceira etapa, por um Plano de 90 Dias que já começa a apresentar resultados em até 21 dias. E você ganha de bônus a Videoaula VIP de Degustação.
– Na quarta etapa, pelo Treinamento Mente de Elite completo, com cada fundamento, etapa e nuance do processo. E você ganha de bônus o Plano de 90 Dias.
– Na quinta etapa, por um Atendimento Presencial para reprogramação mental
– Na sexta etapa, por um Programa de Mentoria do qual você sai com um plano passo a passo personalizado para o seu caso específico. E você ganha de bônus todos os ítens acima.
E sim, você pode pular as etapas e iniciar de onde se sentir melhor. Algumas pessoas gostam de começar pelo mínimo, para entender o programa e sentirem-se seguras com relação à possibilidade e certeza dos resultados a cada etapa, protegendo seu investimento. Outras pessoas não têm tempo a perder e precisam de resultados eficientes e urgentes.
Você decide por onde começar. Pelos conteúdos gratuitos, pela Degustação, pelo Plano de 90 Dias, pelo Treinamento, pelo Atendimento Presencial ou pelo Programa de Mentoria, conforme a sua confiança no processo e o seu bolso.
Nosso trabalho é 100% orientado à busca por resultados, e não ao número de clientes ou de sessões.
Isso significa que, a cada etapa, você dispõe de um determinado nível de garantia no qual o seu investimento está 100% seguro caso decida interromper. O risco é totalmente meu, pois eu conheço e confio no programa.
A Vídeoaula de Degustação do Programa Mente de Elite, por exemplo, além de oferecer uma ideia clara de como o programa funciona e do quanto oferece resultados imediatos a cada etapa cumprida a um valor realmente irrisório, tem garantia de 30 dias. Você assiste, segue os processos, realiza os exercícios e, se os seus objetivos e expectativas não forem atendidos, você solicita seu dinheiro de volta com menos de 5 cliques.
O mesmo vale para o plano de 90 dias. Só que, claro, a garantia se extende pelos 90 dias. São 30 dias com garantia de devolução “self service”, diretamente pela plataforma, onde você mesmo clica no link de reembolso, e os 60 dias restantes, por limitações da plataforma, através da equipe de suporte. Você pede e em menos de 24 horas úteis o estorno é feito.
A garantia também é válida para o Treinamento Mente de Elite. No treinamento presencial, você tem até a hora do almoço do primeiro dia para solicitar a devolução do seu dinheiro se não estiver atendendo às suas expectativas. No treinamento online, você tem até o último intervalo no caso dos treinamentos ao vivo, ou até 30 dias após a compra para a versão gravada.
Nos trabalhos presenciais, como o Atendimento Presencial e o Programa de Mentorias, é oferecida uma etapa inicial de avaliação, na qual é possível conhecer e experienciar o método empregado, é possível sentir, por meio de hipnose, uma prévia realística dos resultados emocionais e comportamentais e é oferecida a possibilidade de interromper o processo sem custo algum até o final desta etapa. Seja porque você não gostou do método, seja porque não gostou de mim, seja porque não se sente capaz de seguir o processo e ter resultados… Não importa! Eu assumo 100% dos riscos nessa etapa. Você somente segue para a etapa seguinte do processo com total certeza e convicção de que o meu trabalho vai ajudar você.
E se você, por acaso, teve qualquer dificuldade em solicitar sua devolução, me chame por aqui diretamente, clicando no botão abaixo, que eu mesmo resolvo para você. Simples assim.
Eu imagino que, com tudo o que é oferecido, você pode estar imaginando que o seu investimento vai chegar facilmente na casa dos preços da maioria dos programas de imersão, treinamento e mentoria do mercado. Ledo engano…
O que eu tenho para oferecer a você cabe perfeitamente no deu bolso, caro amigo ou cara amiga.
Você não vai investir aqueles típicos
R$ 25.000,00
dos programas de imersão, treinamento e mentoria que você já viu por aí, e que muitas vezes (se não for quase sempre) é pura réplica e mais do mesmo.
No programa Mente de Elite, o investimento mais alto é o valor de:
Apenas R$ 37,90
Muitas pessoas se pegam imaginando o quanto gostaram da ideia, o quanto estão entusiasmadas com o programa e o quanto realmente o programa vai ajudar em seus cenários atuais para atingir os níveis elevados de auto controle, realização e satisfação pessoal no curto espaço de tempo que o programa Mente de Elite oferece.
Não é incomum surgir nesse momento a dúvida de que talvez esse programa não seja tão urgente para elas e de que pode esperar por mais uns meses, até juntarem mais dinheiro ou disporem de mais fôlego em seus cartões de crédito, por exemplo.
A verdade é que essas pessoas não percebem que já decidiram que desejam transformar suas vidas através do programa Mente de Elite, e estão simplesmente reincidindo em um dos principais péssimos hábitos e armadilhas que trouxeram-nas até este estado em que se encontram: a maldita procrastinação.
A procrastinação em decidir coloca as pessoas naquilo que eu chamo de “Síndrome da Gaiola dos Hamters”. Elas ficam presas na gaiola, correndo desesperadamente para fazer suas rodinhas girarem, mas nunca conseguem sair do mesmo lugar. Gastam energia demais mantendo as coisas como estão.
Você certamente já percebeu e já concordou que é muito mais fácil resolver logo, ainda que você inicie pela Vídeoaula de Degustação, de apenas R$ 37,90 (menos que um “Lanche Feliz”, se você comparar), que já vai trazer resultados imediatos para você e que, caso você não goste ou não consiga aplicar, tem ainda 30 dias para solicitar seu dinheiro de volta. E você também já notou e já se deu conta de que o investimento do Plano de 90 Dias, bem como do Treinamento Mente de Elite, são valores factíveis para a imensa maioria das pessoas, custando menos do que um corte de cabelos por mês. Até mesmo o Atendimento Presencial e o Programa Completo de Mentoria, custam menos do que um maço de cigarros por dia, menos do que uma pizza por final de semana.
O valor não é a real desculpa. O que muitas pessoas sentem é insegurança. E é por isso que as garantias estão elencadas com todas as letras – para, assim, fazer essa desculpa cair por terra.
É ou não é mais simples parar de procrastinar e, ao menos dessa vez na sua vida, buscar mudanças realmente transformadoras?
O preço de não comprar hoje mesmo é não ter já até amanhã os primeiros resultado para comemorar. Não estar, já na semana que vem, sentindo-se mais livre, mais empoderado, mais capaz de seguir para o próximo nível do jogo da vida. É continuar vivendo imerso nos mesmos problemas que você vem enfrentando, e que você já sabe o quanto estão interferindo no seu bem estar, na sua vida profissional, na vida financeira, familiar, afetiva, conjugal, na sua saúde física e mental. É esse o preço que você paga dia após dia por não tomar uma decisão e uma ação agora – ação que você pode voltar atrás se constatar que não era bem o que você esperava.
Qual é a sua desculpa agora, meu caro ou minha cara? Acabaram-se, não é verdade?
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Talvez, ao olhar para toda a sua jornada de vida até este momento, você imagine ou se dê conta de que você construiu um castelo.
Tijolo por tijolo, construiu o castelo dos seus sonhos.
Você sabe quem você é. Sabe o que quer da vida. Tem orgulho dos momentos que enfrentou para se tornar quem você se tornou e sabe que merece mais.
E você olha para o seu castelo pronto. O castelo dos seus sonhos. Mal pode esperar para adentrar aos salões e usufruir da vida que você merece, afinal, você construiu.
E ao imaginar o momento no qual você vai entrar no seu castelo, quando você se aproxima da porta você se dá conta de que falta algo importante. Você percebe que você não tem a chave que abre a porta para você entrar naquele castelo que já é seu, que você construiu, e que você tanto merece.
E que, agora, se percebe impedido de entrar.
Enquanto tantas pessoas usufruem de seus castelos e você olha para elas sentindo-se frustrado, inferiorizado, injustiçado, pois o castelo que você merece e que construiu levou muito mais suor, lágrimas, renúncias, tempo e energia, você se pega condenado a permanecer do lado de fora.
Eu estou oferecendo a você exatamente isso. A chave do seu castelo.
Aceitar ou não é uma decisão sua. Entrar no seu castelo ou continuar preso do lado de fora é uma decisão sua.
Eu não posso decidir por você. Eu não posso entrar por você no seu castelo. Ninguém pode. Só você tem esse poder.
Você quer entrar no seu castelo nesse momento, ou vai escolher não fazer nada e continuar do lado de fora?
Gustavo Almeida
Interventor Estratégico e Emocional
Criador do Programa Mente de Elite e do Elite Institute
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